Drenadas pelas Bacias do Prata e
Amazônica, Mato Grosso é destino consolidado
nacional e internacionalmente para os amantes da pesca esportiva.
Os peixes mais cobiçados do mundo – Dourado,
Jaú, Pintado, Cachara, Matrinchã, e Pacu,
entre outros – são abundantes nos rios do Pantanal,
Amazônia e Vale do Araguaia.
Registrado no Guiness Book, o Festival
Internacional de Pesca de Cáceres é referencia
nacional, entrando para o livro dos recordes como o maior
evento mundial na categoria pesca em água doce. Poconé,
Barão de Melgaço, Barra do Garças e
Alta Floresta são também reconhecidos destinos
de pesca esportiva.
Visando a sustentabilidade econômica,
social e ambiental da atividade, o progresso das populações
ribeirinhas cuja sobrevivência está intimamente
ligada à pesca e o fortalecimento da cadeia produtiva
do turismo, o Governo do Estado, via Secretaria de Desenvolvimento
do Turismo, incentiva a atividade.
Ministério do Turismo, Embratur,
Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros,
Fundação Estadual de Meio Ambiente, apóiam
a iniciativa que promove ações de educação
ambiental, divulga técnicas, conscientiza e institui
o pesque-e-solte, possibilitando que os peixes fisgados
sejam devolvidos com vida ao rio.
Nos rios mato-grossenses a pesca
esportiva é liberada a partir de março. Entre
novembro e fevereiro é proibida em função
da piracema, época da desova e reprodução
dos peixes.
SOBRE A PIRACEMA.
Os peixes migradores se reproduzem todos os anos em épocas
e locais definidos. Muito antes da reprodução
propriamente dita, a natureza emite sinais que indicam que
a época favorável está para chegar.
Época em que a probabilidade de sobrevivência
dos pais e dos descendentes é maior, uma condição
que garante a perpetuação das espécies.
Dias mais quentes, chuvas mais freqüentes e águas
mais oxigenadas são alguns sinais que os peixes percebem.
Com isso, machos e fêmeas dispersos nos lagos e baías
formam cardumes e viajam pelo canal dos rios, às
vezes centenas de quilômetros, em busca das áreas
apropriadas para a desova. A fecundação dos
peixes migradores é estrena e a elevada concentração
de machos e fêmeas aumenta as chances de fertilização
no ambiente aquático. Os milhões de ovos e
larvas ficam dispersos na coluna d’água e são
vitimas de predadores, escassez de alimentos e muitas outras
condições adversas. Poucos chegam à
fase adulta.
A saída de peixes dos lagos
e baías em movimentos migratórios para a reprodução
é um fenômeno conhecido como piracema, que
na língua tupi quer dizer “saída dos
peixes para a desova”.
Durante a piracema, os peixes estão
concentrados em cardumes e cansados pelo esforço
da migração, tanto que se descuidam de suas
estratégias de proteção, tornando-se
presas fáceis para os pescadores. A captura de peixes
durante a piracema interfere no processo de reprodução
das espécies e na renovação dos estoques,
o que será sentido nos anos subseqüentes com
a diminuição da quantidade de peixes para
a pesca.
Por isso é tão importante
a proteção dos peixes durante a piracema.
O Defeso da Piracema é determinado
pela lei nº 7.679, de 23 de novembro de 1998, e estabelecido
anualmente pelo IBAMA, com a colaboração de
órgãos estaduais de meio ambiente, instituições
de pesquisa e associações envolvidas com a
atividade pequeira em cada bacia hidrográfica.
Para conhecer o texto completo das
instruções normativas acessar: www.ibama.gov.br/pescaamadora